A produção de carne de frango brasileira deve crescer 3,34% e a demanda doméstica pode subir entre 1,32% e 1,57% em 2018, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apresentados nesta semana.
As projeções levam em consideração as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Banco Central do Brasil (BC) e apontam para aumento da oferta interna do produto.
Considerando o cenário mais conservador, de crescimento de 0,62% da economia no ano, o excedente de carne de frango para exportação teria aumento de 7,4% ante 2017.
“Esse cenário mostra que, novamente, o setor vai depender fortemente das exportações e reforça a necessidade de a avicultura nacional seguir cumprindo os requisitos sanitários exigidos por importantes demandantes internacionais”, informou o Cepea em nota. “Caso todos os excedentes sejam absorvidos pelo mercado internacional, o volume corresponderia a 34,5% da produção nacional.”
Num cenário mais otimista, de crescimento de 2,53% do PIB, os excedentes para exportação teriam crescimento de 6,91%.
A maior demanda esperada pela China pode ajudar a absorver o excedente de carne de frango estimado para o mercado brasileiro neste ano. Além disso, o Brasil tem vantagem competitiva no mercado internacional já que nunca registrou caso de influenza aviária, ao contrário de muitos concorrentes.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou no final de 2017 que as exportações de carne de frango devem crescer entre 1% e 3% em volume em 2018, com recuperação dos níveis de embarques para a União Europeia, de mercados do Oriente Médio e da China. Já a produção deve crescer de 2% a 4%, segundo a entidade.
No mercado doméstico, a recuperação da economia tende a favorecer o crescimento do consumo, segundo os pesquisadores do Cepea, apesar do esperado crescimento nos custos de produção.
Fonte: Carnetec