Clênio Gonçalves, CEO do Grupo Patense (Reprodução / YouTube)
A Patense afirma ser líder isolada no setor de reciclagem, transformando produtos de origem animal não comestíveis em matérias primas de alto valor
Munido de uma vespa, uma carreta e uma enorme visão de futuro, Antônio Gonçalves começou o que, hoje, seria um dos mais lucrativos negócios do país. Há mais de 50 anos, em Patos de Minas (MG), sem saber o que fazer com os ossos que sobravam de seu açougue, criou a Patense, uma forma de contribuir com o meio ambiente, valorar e valorizar materiais animais não comestíveis fomentando diversos segmentos da cadeia produtiva, divulgou a empresa na quarta-feira (21).
Entretanto, mesmo com a ideia visionária, diante de todas as dificuldades da época, Antônio resolveu se desfazer da empresa, porém, foi impedido pelo seu filho, Clênio Gonçalves, que trabalhava de engraxate até então. Com isso, a Patense passou por uma transformação, ganhou inovação e uma nova sede.
A companhia, que começou com apenas dois produtos, farinha de osso autoclavada e óleo de mocotó, produzido a partir do pé do boi, atualmente é uma multinacional premiada com vários parques fabris espalhados pelo país e marcas associadas, tais como: Pets Mellon, Bio Sea, Originalis Biotech, Farol e Patense.
Entre os produtos comercializados, estão: farinhas de sangue, bovina, suína, vísceras, penas e peixe, sebo bovino, graxa branca, óleo de peixe (muito utilizado para compor os produtos que levam
ômega-3), entre outros.
“É gratificante olhar para trás e ver que o que começou lá em Patos com o meu pai, hoje, emprega 3.300 colaboradores diretos e indiretos e é a maior empresa do Brasil em reciclagem de pescado, por exemplo”, disse Clênio Gonçalves, CEO do Grupo Patense, em nota.
A companhia vem em uma acelerada via de crescimento: em 2021 fechou o faturamento em R$ 1,2 bilhão e, em 2022, o faturamento pulou para R$ 2 bilhões. No início do ano, o grupo cresceu ainda mais com a compra da unidade de bioprodutos da GDC Alimentos, detentora da marca Gomes da Costa. Com isso, toda a estrutura de produção, operação e comercialização da farinha e óleo de peixe, provenientes dos subprodutos de pescado, passaram a ser geridos pela Patense.
Além de conquistar o mercado interno, a Patense também atua fortemente nas exportações. Desde 2010, possui o Certificado de Empresa Exportadora conferido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, desde 2011, exporta os seus produtos, posicionando-se como player global no segmento com rotina atual de embarques para mais de 30 países, como Vietnã, EUA, Chile, Cingapura e China.
Para mais informações, acesse: https://patense.com.br
Fonte: Carnetec