Em maio, as vendas externas do agronegócio alcançaram US$ 16,78 bilhões, 11,2% superiores ao mesmo mês em 2022
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 16,78 bilhões em maio: 11,2% superiores ao mesmo mês em 2022, conforme divulgou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na sexta-feira (16). Nunca as exportações ultrapassaram US$ 16 bilhões em um único mês, considerando-se toda a série histórica iniciada em 1997. Com o recorde, a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 50,8%.
Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), a excelente safra brasileira de grãos, superior a 315 milhões de toneladas, influenciou diretamente este resultado. O índice de quantum (volume exportado) das vendas externas do setor em maio cresceu 27,6%, e, mesmo diante da redução dos preços internacionais, possibilitou a geração de um novo recorde nas exportações do agronegócio.
As exportações de carne bovina recuaram para US$ 952 milhões (-11,8%), devido à redução do preço médio de exportação. Por outro lado, houve recorde em volume: 191 mil toneladas, influenciado pela demanda chinesa após os efeitos da suspensão temporária das vendas ao país. A China é a maior importadora da carne bovina do Brasil, com 61,3% do valor total exportado.
Apesar da redução em valor, US$ 854 milhões (-3,5%), as exportações de carne de frango foram recordes em volume: 423 mil toneladas. O aumento da quantidade exportada ocorreu mesmo após o registro dos primeiros casos de influenza aviária confirmados no Brasil. Nesse cenário, o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária no país, e tem adotado medidas preventivas de forma a impedir a chegada do vírus às granjas comerciais.
Nos cinco primeiros meses deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 67,3 bilhões, o que representa um crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período em 2022. O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil no acumulado do ano, com participação de 49,5%.
Entre os destaques que mais contribuíram para o desempenho favorável de janeiro a maio, estão os recordes em soja em grão, farelo de soja, frango e carne suína em valor e quantidade; recorde de milho e açúcar em valor; celulose e óleo de soja, recordes em quantidade.