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Postado em 09 de Setembro de 2021 às 13h20

Forte em leite, CCPR começa a ampliar foco dos negócios

EXPOMEAT 2025 - V Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal A Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), maior cooperativa de captação de leite do país, quer avançar em...

A Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), maior cooperativa de captação de leite do país, quer avançar em outras áreas do agronegócio. Com um rebanho de 250 mil vacas, começa a testar a engorda dos bezerros machos para a pecuária de corte. Em outras frentes, amplia a produção de ração e suplementos alimentares para animais de diferentes portes e quer ampliar sua rede de lojas agropecuárias no país.

A engorda do bezerro leiteiro não é uma prática comum no Brasil, porque esses animais produzem menos carne em comparação a raças específicas de gado de corte. O mais comum é ver o descarte dos machos logo após o nascimento, ou sua venda a preços simbólicos. Mas os preços em alta da carne bovina nos últimos dois anos e as exportações crescentes estimularam a CCPR a dar início ao projeto.

Marcelo Candiotto, presidente da CCPR, afirma que, no projeto que sendo estruturado, a cooperativa intermedeia a compra do bezerro leiteiro dos cooperados e envia o animal para fazendas de engorda. A CCPR ficará responsável pela venda dos animais no mercado interno ou externo, e o produtor receberá um percentual do lucro. As fazendas de engorda serão terceirizadas. A CCPR vai fornecer a ração para a engorda.

“Se tivermos aceitação de metade dos produtores, será possível fazer a engorda de 54 mil animais por ano”, estima Candiotto. O rebanho do Sistema CCPR corresponde a cerca de 250 mil vacas. Metade dos bezerros gerados nas fazendas são machos. As fêmeas são engordadas para se tornarem produtoras de leite. Candiotto diz que, mesmo com a perspectiva de alta nos custos de produção e da possível queda nos preços da carne com o aumento da oferta, a engorda para corte reforçará a rentabilidade da atividade leiteira.

Crescimento superior a 30% - No ano passado, o faturamento da CCPR atingiu R$ 2,2 bilhões. Para este ano, a perspectiva é de crescimento acima de 30% ante 2020, de segundo Reinaldo Borges, gerente administrativo financeiro da cooperativa. “Para 2022, a CCPR planeja, com a Itambé, aumentar a produção de 12% a 15%, para 3,4 milhões de litros de leite por dia”, afirma Candiotto. Esse aumento, segundo ele, vai depender da evolução econômica do país e do cenário político.

A principal atividade da cooperativa é a produção de leite, vendido com exclusividade à Itambé, que pertence à Lactalis. A captação diária gira em torno de 3 milhões de litros. A CCPR reúne 32 cooperativas filiadas, que têm entre 4,5 mil e 5 mil produtores, e mantém 17 lojas, uma fábrica de ração em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e sete postos de captação de leite. A sede administrativa fica na capital mineira.

Fábrica de rações - Recentemente, o grupo anunciou um investimento de R$ 132 milhões na construção de uma nova fábrica de rações e suplementos minerais. A planta será instalada em Curvelo, na região central de Minas Gerais, e terá capacidade para 680 mil toneladas por ano. A expectativa é que a unidade entre em operação em maio de 2023. Com a nova fábrica, a capacidade de produção de ração chegará a 1,2 milhão de toneladas por ano. “Essa ampliação vai atender a bacia leiteira e permitir o aproveitamento do macho leiteiro para corte”, afirma Candiotto.



A CCPR produz pouco mais de 350 rações e suplementos para bovinos, aves, suínos e equinos. Em julho, a cooperativa lançou ração para cães. Até o fim deste ano, pretende entrar nos segmentos de ração para gatos e filhotes. Em agosto, também começou a produzir ração para piscicultura. A CCPR espera ganhar 7% do mercado até 2025 com o aumento da produção. Em Minas Gerais, principal mercado de nutrição animal da cooperativa, ela tem 10% de participação de mercado.

Na área de varejo, a CCPR planeja abrir neste ano uma nova loja CCPR Armazém e modernizar outras quatro unidades. A rede de lojas é formada atualmente por 17 unidades em Minas Gerais.

As informações são do Valor Econômico.
 

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