Procedimentos logísticos de importação e exportação serão facilitados para empresas certificadas como operadores econômicos autorizados
A partir de agora, empresas certificadas como operadores econômicos autorizados (OEA) poderão exportar produtos com mais agilidade e menos burocracia para os Estados Unidos, informou na terça-feira (04) a Logcomex, empresa que oferece plataformas de visibilidade avançada, data analytics e automação para o comércio exterior. O acordo de reconhecimento mútuo (ARM) foi assinado no último dia 16 de setembro, em Washington, após sete anos de tratativas entre a Receita Federal e a aduana americana.
As negociações começaram em 2015, com a assinatura de um plano de trabalho conjunto. A conclusão dessa parceria é defendida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e é uma das pautas centrais na agenda de facilitação do comércio internacional.
Para o CEO da Logcomex, Helmuth Hofstatter, o acordo faz com que os dois países oficializem a parceria entre seus programas de operador econômico autorizado. “Com as iniciativas sendo colocadas em prática, as alfândegas das duas nações irão reconhecer empresas que atuam no comércio exterior e cumprem os critérios estabelecidos”, disse ele em nota.
Com isso, segundo o executivo, essas companhias podem usufruir dos benefícios oferecidos pelo acordo, como mais rapidez e segurança durante a movimentação de cargas no comércio internacional. “O programa promete diminuir a burocracia, aumentar a eficiência dos controles aduaneiros e criar a oportunidade de negociação com outros países.”
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, recebendo 14% das exportações do país e apresentando um fluxo de mais de US$ 70 bilhões em 2021. Desse total, o Brasil exportou aproximadamente US$ 30 bilhões para o mercado norte-americano e importou quase US$ 40 bilhões, segundo levantamento da Logcomex.
Para Hofstatter, o movimento é importante para garantir compatibilidade e rapidez nas exportações e importações brasileiras. “Era um acordo extremamente aguardado pelo mercado. A medida traz mais competitividade à indústria ao diminuir o tempo e os custos das exportações brasileiras aos EUA.”
De acordo com o Ministério da Economia, empresas do programa OEA foram responsáveis por 17% das exportações para os Estados Unidos nos últimos três anos. A pasta informou ainda que a assinatura do acordo deve gerar um aumento na procura da certificação OEA entre as empresas brasileiras. “De modo geral, o movimento vai trazer uma série de benefícios para as operações logísticas entre Brasil e EUA, possibilitando um maior fluxo comercial entre os dois países”, finalizou o CEO da Logcomex.