A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade que representa os produtores rurais, estima que a produção nacional de carne de aves aumente entre 1% e 4% em 2018, para 13,38 milhões a 13,78 milhões de toneladas, segundo números apresentados na terça-feira (05).
Já as exportações do produto devem situar-se entre 4,04 milhões e 4,16 milhões de toneladas no ano que vem.
A CNA estima que o consumo doméstico de carne de frango deva fechar 2017 em 44 kg por habitante, com potencial de leve crescimento em 2018.
A entidade avalia que o setor avícola brasileiro foi afetado negativamente pelos efeitos da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, que reduziu a demanda internacional pelo produto momentaneamente.
“A queda das exportações de março a junho comprometeu o crescimento da produção nacional e da receita, que só não foi agravada devido à valorização do preço de venda das carnes no mercado internacional”, informou a CNA via apresentação divulgada em seu website.
A entidade estima um crescimento de 1% na produção e no volume de exportações de carne de frango em 2017.
Após um período de queda no preço do milho em 2017, principal insumo para nutrição de aves e suínos, uma nova tendência de elevação de preços é esperada para o ano que vem, como consequência dos impactos do fenômeno climático “La Niña” na produção de grãos, da redução da área plantada prevista para o milho e das estimativas de aumento das exportações deste grão.
“As cotações poderiam atingir patamares que comprometem a rentabilidade da atividade...Logo, suinocultores e avicultores devem ficar atentos para realizarem boas aquisições do insumo”, avalia a CNA.
A produção de carne suína em 2018 poderá ficar entre estável a registrar alta de até 4%, na comparação com este ano, totalizando entre 3,72 milhões e 3,75 milhões de toneladas, segundo os números da CNA.
As exportações do setor devem ficar entre 810 mil e 830 mil toneladas. O consumo per capita de 14 kg esperado para 2017 deve manter-se no ano que vem.
Apesar dos efeitos negativos da Operação Carne Fraca nas exportações do setor de carnes, a tendência de valorização do dólar em relação ao real pode colaborar para que as carnes brasileiras ganhem competitividade nos mercados internacionais em 2018, o que daria suporte para esses crescimentos de até 4% nos volumes de produção e exportações.
“O acesso a novos mercados, como o da Coreia do Sul para nossa carne suína, e a retomada das exportações de frango para a Indonésia também contribuirão para as exportações dos setores”, acrescentou a entidade.
Fonte: Carnetec