As exportações brasileiras de carne bovina estão aquecidas em setembro apesar da suspensão das exportações para a China, principal comprador brasileiro, após a confirmação de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB).
Até a terceira semana de setembro, a média diária de exportações brasileiras de carne bovina já estava 60% acima da média de setembro do ano passado, disse o analista responsável pelo mercado de proteína animal do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, no podcast do banco Foco no Agronegócio.
“Se a gente for fazer um comparativo, com relação a setembro do ano passado inteiro, já foram alcançados nessas três semanas 93% de todo o volume exportado”, disse o analista.
Setembro de 2020 foi o mês com o menor volume de carne bovina brasileira exportada no segundo semestre do ano passado.
As exportações brasileiras de carne bovina para a China estão suspensas desde o último dia 4 de setembro, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou dois casos atípicos de EEB em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).
O analista disse que os preços de carne bovina na China também sinalizam que os importadores chineses esperam a retomada das compras do Brasil em breve.
Em 2019, um caso atípico de EEB no Brasil levou à suspensão temporária de 13 dias das exportações para o país asiático.
O Brasil é o maior exportador de carne bovina para a China, tendo embarcado 38% do total importado pelos chineses de janeiro a julho deste ano.
A desvalorização do real também tem colaborado para elevar a competitividade da carne bovina brasileira em relação a outras concorrentes.
Fonte: CarneTec