As exportações brasileiras de carne de frango para os 22 países que compõem a Liga Árabe somaram 1,1 milhão de toneladas nos oito primeiros meses de 2023, alta de 7,1% ante igual período do ano passado, segundo dados compilados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
A receita gerada pelos embarques de carne de frango brasileira para o bloco no período foi de US$ 2,3 bilhões, alta de 4,7% na comparação anual.
Alguns dos principais importadores de carne de frango brasileira na região foram Emirados Árabes Unidos (-7,6%, 293,8 mil toneladas), Arábia Saudita (+5,6%, 246,7 mil t), Iraque (+182,2%, 105,8 mil t), Kuwait (+4,34%, 71,56 mil t) e Iêmen (+27,2%, 71,4 mil t).
Já as exportações de carne bovina para a Liga Árabe de janeiro a agosto caíram 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado para 163,08 mil toneladas. O faturamento com os embarques teve redução de 13,3% para US$ 684,15 milhões, na mesma comparação.
O Egito, principal importador de carne bovina brasileira na região, reduziu as compras em 36,6% no período para 50,6 mil toneladas. O segundo maior importador, Emirados Árabes Unidos, importou 3,6% a mais, a 39,4 mil toneladas. A Arábia Saudita elevou as compras em 21,5% para 32,12 mil toneladas.
Entre os países que reduziram as importações de carne bovina brasileira nos primeiros oito meses deste ano estão Jordânia (-25,8%, 6,5 mil toneladas), Palestina (-16,6%, 4,7 mil t) e Qatar (-46,5%, 2,1 mil t).
As proteínas animais são o principal produto brasileiro exportado à Liga Árabe, considerando a receita gerada com o comércio.
O preço médio das carnes brasileiras exportadas para o bloco nos oito primeiros meses deste ano foi US$ 2.387,88 a tonelada, uma queda de 4,4% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Tamer Mansour, as trocas comerciais entre o Brasil e a Liga Árabe dão sinais de que 2023 deve fechar com novo recorde na série histórica, considerando todos os produtos negociados entre os países.
Nos oito primeiros meses do ano, os embarques totais brasileiros para a região somaram US$ 12,528 bilhões, alta de 9,9% na comparação anual.
“A informação mais relevante que os dados trazem é que o comércio Brasil-Liga Árabe está voltando a seu perfil pré-pandêmico, com muito menos influência da covid-19 e do conflito Rússia-Ucrânia, a produzir nos últimos dois anos desorganização logística e nos custos de várias cadeias produtivas”, disse ele em coluna publicada no site da Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba).
Fonte: Carnetec