A Aurora Coop disse na quinta-feira (02) que mantém o plano de investir R$ 1,082 bilhão no aumento da capacidade produtiva em 2023, após registrar alta nos resultados de 2022 e consagrar-se como a maior exportadora de carne suína do Brasil.
A cooperativa teve um lucro (sobras) de R$ 649 milhões no ano passado e um crescimento de 13% no faturamento bruto, a R$ 22 bilhões, segundo comunicado divulgado pela Aurora Coop.
O mercado doméstico brasileiro respondeu por 64,3% (R$ 14,1 bilhões) da receita operacional bruta da Aurora em 2022 e absorveu 65,6% da produção. As exportações do restante da produção para mais de 80 países contribuíram com 35,7% (R$ 7,9 bilhões) da receita do grupo.
A Aurora foi responsável por 25,5% das exportações de carne suína brasileira no ano passado e por 7,2% dos embarques de carne de frango, segundo a companhia.
As exportações da Aurora foram favorecidas pela abertura do mercado canadense para a carne suína brasileira, consolidação do mercado suíno no Japão, retorno da habilitação da unidade de frango de Xaxim (SC) para a China e abertura do mercado do México para suínos.
A Aurora também fez em 2022 sua primeira exportação de processados para o Paraguai, enviou seu primeiro contêiner de cortes suínos para a Índia e foi beneficiada pela retomada das exportações de cortes suínos para a Coreia do Sul.
Os abates totais de suínos das sete plantas da Aurora somaram 7,1 milhões de cabeças no ano passado, alta de 6,4% na comparação anual. A industrialização de carnes suínas aumentou 5,2% para 404 mil toneladas, e a produção de carne suína in natura cresceu 10% para 686 mil toneladas.
Os abates de frangos nas nove plantas da cooperativa somaram 288,5 milhões de cabeças, 3% acima do abatido em 2021. A produção de carne de aves in natura aumentou 10,2% para 645 mil toneladas, e a industrialização cresceu 7,6% para 58,4 mil toneladas.
O presidente da cooperativa, Neivor Canton, disse em comunicado que 2022 “foi particularmente complexo para a indústria mundial da proteína animal em razão da associação de múltiplos fatores, desde a instabilidade política brasileira até as incertezas econômicas e políticas globais, em um mundo que ainda padece dos efeitos da pandemia”.
“Essa situação gerou um cenário de muita imprevisibilidade que exige máxima atenção dos agentes econômicos.”
Os setores de suinocultura e avicultura foram afetados por aumento dos custos de produção, escassez de contêineres, de navios, de milho e farelo de soja, além de insumos para a agricultura.
Para 2023, a Aurora espera outro ano de desafios impactado por menor crescimento da China, possível recessão na Europa e na América do Norte e custos “persistentemente elevados” dos principais insumos, especialmente milho e soja.
Apesar desses desafios, a empresa pretende manter os níveis de produção e empregos.
Fonte: CarneTec