A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançou na terça-feira (14) a segunda fase do Programa de Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM AGRO), que será executado nos próximos dois anos, informou a agência em nota.
O objetivo do PAM AGRO 2021-2023 é impulsionar as exportações a partir da melhoria da percepção de mercados internacionais estratégicos sobre os produtos do agronegócio brasileiro, por meio de um esforço concentrado de produção e disseminação de informações que destaquem a sustentabilidade, segurança e a tecnologia dos produtos.
O foco dessa edição é o continente europeu, considerado um grande influenciador da opinião pública internacional e um dos principais destinos das exportações do Brasil. A iniciativa foi criada em 2017, como resultado da parceria entre a Apex-Brasil e o setor privado, e conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em discurso, o presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana, disse que com foco, exatidão e transparência, o programa pretende intensificar e aprimorar o combate contra a desinformação. “Entraremos em campo como o que somos de fato: referências no desenvolvimento sustentável, no desenvolvimento que assegura o fundamental equilíbrio entre os pilares econômico, social e ambiental. Referências na agricultura de baixo carbono, nas energias limpas e renováveis. Referências nas tecnologias e inovações que operam verdadeiros milagres”, disse ele conforme a nota.
Também estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o secretário executivo e ministro interino do Mapa, Marcos Montes, além de representantes das instituições do setor privado que integram a iniciativa, parlamentares, entre outros.
Ao todo, 14 entidades setoriais estão trabalhando em conjunto com a Apex-Brasil na implementação do Programa: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia); Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec); Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove); Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA); Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas); Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa); Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio); Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA); Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR); Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); CropLife Brasil; Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); e União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Responsável por apresentar a iniciativa aos presentes, o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiuza, disse que é preciso aproximar a percepção da realidade para que o mundo reconheça a excelência e a liderança do Brasil no que diz respeito à sustentabilidade, à produtividade e ao desenvolvimento humano.
Em fala na cerimônia, o ministro Carlos França fez menção à sustentabilidade da produção agropecuária nacional. “É muito importante transmitir essa mensagem a parceiros comerciais e aos mercados de destino dos produtos. O lançamento do PAM AGRO ocorre em um momento muito oportuno, às vésperas de o presidente da República fazer seu discurso na Assembleia das Nações Unidas, onde o papel do agro brasileiro possui um lugar de destaque.”
O ministro interino Marcos Montes destacou que o Brasil é um dos poucos países com capacidade de atender à demanda mundial por alimentos nas próximas décadas. “Somos os maiores exportadores, o futuro em garantir alimento, porque somos capazes. Nossos produtores são capazes, nossa tecnologia tem potencial e se ainda agregarmos a venda dos produtos, ninguém irá segurar o Brasil”, disse Montes na mesma nota.
Entre janeiro e agosto de 2021, as exportações do agronegócio somaram US$ 83,59 bilhões, cifra recorde para o período e crescimento de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2020. Os produtos do agronegócio representaram 44,2% das exportações totais brasileiras (US$ 188,94 bilhões) no acumulado do ano. O agronegócio é o principal responsável pelo superávit na balança comercial do país.
Fonte: CarneTec