Não podemos negar que o período de isolamento social intensificou algumas transformações nos hábitos de compra de alimentos. Se antes da pandemia, a busca por conveniência já era grande, agora que enfrentamos uma segunda onda, as pessoas tendem a passar mais tempo em casa e querem opções cada vez mais práticas que atendam a sua nova rotina.
Uma família que vive a realidade do home office passou a valorizar mais cada minuto do seu tempo livre em casa. Sabemos que uma das tarefas que mais toma tempo no dia a dia é o preparo das refeições. Oferecer produtos que facilitem a vida do consumidor faz total diferença neste momento.
Por outro lado, como a abertura dos bares e restaurantes ainda é gradual e o acesso limitado, notamos um crescimento expressivo do grupo de consumidores que tem buscado uma experiência de restaurante dentro de suas casas, e acabam consumindo itens diferenciados para preparação de pratos mais sofisticados em suas próprias cozinhas. O consumo de cortes nobres de carne bovina é um exemplo disso. Cortes que até alguns anos atrás eram desconhecidos no Brasil, como prime rib, bisteca fiorentina, T-bones e outros, hoje já têm muito mais saída nos açougues e boutiques de carne do país.
Seja para o dia a dia ou para uma refeição mais elaborada no fim de semana, a pandemia reforçou a necessidade da oferta de alimentos em formatos que ofereçam mais proteção e segurança alimentar, sem perder a conveniência.
E para falar de um tema tão relevante como segurança alimentar para proteínas, é impossível não falar sobre embalagem. A embalagem a vácuo, por exemplo, permite que o produto passe por menos pontos de contato, visto que já é porcionado em ambiente controlado dentro do frigorífico. Além disso, os cortes embalados a vácuo garantem a conservação da qualidade da proteína, a maturação da carne e maior shelf life, o que traz benefícios sustentáveis e econômicos para o varejo, ao passo que evita perdas na prateleira.
É nesse sentido que quero destacar como as embalagens contribuem com o varejo no atendimento das novas demandas de consumo. Nos últimos cinco anos, vimos grandes transformações no padrão de lojas existentes no Brasil para atender aos diferentes padrões de consumo. Destaco o crescimento das lojas chamadas “express” como tendência para os grandes centros. Com a pandemia, vemos um potencial de crescimento de novos modelos de negócio, com lojas autônomas ou de conveniência instaladas em condomínios e estações de metrô.
Lojas como a Zaitt, Onii ou Hirota estão expandindo suas unidades no modelo express. Todas contam com o desafio de fazer com que os clientes tenham acesso mais fácil aos produtos e com menor necessidade de deslocamento. Dessa forma, o papel das embalagens compactas e seguras ganha ainda mais relevância para definição do mix de produtos para essas lojas.
Além dessas mudanças, não podemos deixar de considerar o crescimento expressivo do e-commerce, principalmente no segmento alimentício. Esse cenário tem exigido que toda a indústria repense o formato de proteger os alimentos em todo o ciclo, de maneira que a qualidade seja mantida e a experiência do consumidor seja favorável.
Sem dúvidas, as transformações do varejo exigem adaptações dos produtos e, principalmente, das embalagens, que precisam ser cada vez mais otimizadas, sustentáveis e que valorizem as diferentes categorias de proteína. Um corte nobre exige apresentação mais sofisticada na gôndola, com a devida valorização dos atributos de decisão de compra, como suculência da carne, por exemplo. O desafio é grande, mas a boa notícia é que o varejo pode contar com a inovação em embalagens para otimizar suas operações, oferecendo mais proteção e segurança alimentar para proteínas, sem perder conveniência e garantindo uma experiência positiva para os consumidores.
Fonte: Carnetec