Em meio à turbulência do atual cenário, o mercado halal segue em expansão. Para a Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), se o ritmo de consumo continuar, o mundo precisará de 60% mais de alimentos e 40% mais de água, para atender a demanda dos 9 bilhões de habitantes do planeta em 2050. Parte deste todo, exige características especiais no preparo: o halal.
De acordo com relatório da Pew Research Center, em 2050, a população muçulmana em todo o mundo deverá atingir 2,76 bilhões, ou seja, 29,7% da população mundial. A região da Ásia Pacífico abriga a maior população muçulmana do mundo. Alguns dos países da região são Indonésia, Tailândia, Cingapura e Mianmar. Os novos países a ingressarem na liga da crescente população podem ser Canadá, Congo, Bélgica, Guiné-Bissau, Togo e Holanda.
CERTIFICAÇÃO
Atualmente, o mercado que mais solicita a certificação é o de alimentos e bebidas, principalmente o de proteína (bovina e frango). O selo atesta a qualidade e procedência dos produtos. No Brasil, uma das principais certificadoras é a Cdial Halal, de acordo com o diretor-executivo da companhia, Ali Saifi, a empresa é a única na América Latina que realiza acreditação pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC).
“São certificações que comprovam que seguimos as rígidas regras e garantimos a excelência e integridade dos produtos e empresas acreditadas”, comenta Saifi.
MERCADO
As exportações brasileiras para os países árabes atingiram US$ 12,197 bilhões em 2019, registrando um crescimento de 6,3% em comparação com os números de 2018, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Entre os principais produtos brasileiros exportados estiveram: aves; carne bovina; milho e grãos de soja.
“É importante destacar que o mercado halal não é exclusivo dos muçulmanos e ganhou crescente aceitação entre os consumidores não muçulmanos que associam halal ao consumismo ético”, explica Ali Saifi.
Fonte: A.I., adaptado pela equipe feed&food