As exportações brasileiras de carne suína (in natura e processada) somaram 579,9 mil toneladas de janeiro a julho, alta de 38,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A receita com os embarques subiu 49,9% a US$ 1,279 bilhão, impulsionada principalmente pelas compras de países asiáticos.
A Ásia elevou as compras de carne suína brasileira em 82,9% nos sete primeiros meses deste ano, a 456 mil toneladas, disse a ABPA em nota.
A China comprou 282,1 mil toneladas no período (+143%), Hong Kong importou 107,7 mil toneladas (+17%), Cingapura adquiriu 32,9 mil toneladas (+49%) e o Vietnã comprou 16,9 mil toneladas (+90%) de carne suína brasileira nos sete primeiros meses de 2020.
“Este é um comportamento consistente no mercado asiático, que deve perdurar ao longo dos próximos meses. As lacunas deixadas pela peste suína africana nos países asiáticos ainda impactam a demanda local por produtos importados e o Brasil está consolidado como um fornecedor confiável para a região”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Apenas em julho, o Brasil exportou 100,4 mil toneladas de carne suína, 47,9% a mais que em julho de 2019, gerando receita de US$ 203,1 milhões para os exportadores (+37,3%).
A ABPA estima que o Brasil exportará entre 950 mil e 1 milhão de toneladas de carne suína em 2020.
Já as exportações de carne de frango sobem 0,5% no ano, a 2,47 milhões de toneladas, com receita de US$ 3,64 bilhões, 11,4% abaixo do faturamento registrado nos sete primeiros meses de 2019.
Em julho, houve queda de 5,7% no volume de carne de frango exportada pelo Brasil, na comparação anual, para 364,6 mil toneladas. A receita cambial das exportações foi de US$ 498,2 milhões no mês passado, queda de 25%.
Apesar da queda em julho, o diretor executivo da ABPA, Ricardo Santin, disse que o volume exportado no mês ainda é superior à média mensal de exportações em 2019, que foi de 351 mil toneladas.
“O comportamento mensal das exportações deste ano indica que a alta acumulada deverá se manter, com fechamento positivo para 2020”, disse ele.
A associação estimou em julho que o Brasil exportará entre 4,35 milhões e 4,45 milhões de toneladas em 2020.
Fonte: Carnetec