As embaixadas do Japão e da Coreia do Sul manifestaram interesse de seus países em adquirir a carne bovina e suína do Acre, em reunião na manhã desta quarta, 3, com o vice-governador Major Rocha, em Brasília.
No evento, além da representação do Executivo estadual, também participaram Nenê Junqueira, diretor do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Acre (Sindicarnes); o deputado estadual Luiz Gonzaga e o consultor de comércio exterior da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Victor Hugo Rondon.
“Tivemos uma excelente recepção, a oportunidade de apresentar nossa proposta e demonstrar a viabilidade econômica da produção do estado e a logística, utilizando a Estrada do Pacífico. Estamos prestes a obter o certificado de zona livre de aftosa sem vacinação, que deve ser publicado pela OIE [Organização Mundial de Saúde Animal] no mês de maio, o que engrandece ainda mais o nosso produto e abre as portas do Acre para grandes acordos econômicos no exterior”, declarou o vice-governador.
Os embaixadores Yamada Akira (Japão) e Kim Chan-Woo (Coreia do Sul) afirmaram que o Acre possui um potencial geográfico que diminui os custos e o período de transporte, o que torna o estado competitivo na região.
“O Acre é o estado do Brasil mais próximo do Pacífico, se existe uma boa relação com o governo peruano, temos um forte parceiro para a exportação da carne suína”, argumentou o embaixador coreano.
Atualmente apenas o estado de Santa Catarina exporta carne suína para a Coreia do Sul e Japão, um mercado que rendeu 53,8 milhões de dólares somente em 2020.
Victor Hugo Rondon analisa a perspectiva: “Ingressar ao mercado do Japão e Coreia do Sul nos coloca na categoria de fornecedores com alto grau de eficiência, obedecendo os mais altos padrões de qualidade sanitária do mundo. É um trabalho que está se iniciando e cujos frutos serão replicados também para os países da Asean [Associação de Nações do Sudeste Asiático]. Devemos colocar o Acre nas pautas exportadoras que o Brasil promove e o mundo demanda”.
Fonte: Suinocultura Industrial