Pensando em auxiliar consumidores que tenham dúvidas na hora de escolher entre carne congelada ou resfriada, a Marfrig listou algumas informações importantes sobre o tema a partir de dicas oferecidas por duas executivas da empresa, com linguagem acessível mesmo aos mais leigos. Os tópicos a seguir foram divulgados via comunicado de imprensa na quinta-feira (02).
Principais diferenças - a carne resfriada é considerada fresca por conta do processo mais rápido até o consumo. Após o abate do animal, são realizados os processos de resfriamento, quarteio (cortes de carcaça) e desossa. Em seguida, a carne é embalada e já está pronta para a expedição. “Na Marfrig, a validade da carne resfriada no mercado interno é de 60 dias, quando mantida refrigerada na temperatura correta. Dessa forma, ela deve ser armazenada sob refrigeração entre 2°C e 7°C e ser consumida dentro do seu prazo de validade. As informações de conservação devem estar presentes no rótulo”, disse a gerente de Garantia da Qualidade na Marfrig, Elaine Bedeschi.
Já a carne congelada deve ser submetida a, no mínimo, -12°C, de acordo com a legislação brasileira. “Não é considerada uma carne fresca por conta do período de validade, que pode ser de até dois anos. Na indústria, fazemos o congelamento rápido, que garante a manutenção das características organolépticas da carne”, explicou a gerente corporativa de Garantia de Qualidade da Marfrig, Carolina de Paula Carvalho.
Embalagens devem ser diferentes? - a embalagem da carne resfriada é específica e feita com filme plástico composto por várias camadas, o que garante as chamadas “altas barreiras" contra a entrada de oxigênio. “Essa embalagem, conhecida como a vácuo, diminui a oxidação da carne e aumenta sua vida de prateleira”, disse Elaine. Já a carne congelada não necessariamente precisa de embalagem com alta barreira e utiliza o método de conservação através do congelamento, que se mostra eficaz, além de amplamente utilizado e aprovado.
Como congelar e descongelar corretamente? - o principal segredo é a maneira oposta para cada uma das técnicas: o congelamento deve ser rápido e o descongelamento precisa ser lento. E o mais importante, a carne resfriada deve sempre ficar no refrigerador, e a congelada no congelador, como os próprios nomes sugerem.
“O descongelamento deve ser feito de forma lenta e em ambiente refrigerado, ou seja, dentro da geladeira, sem adicionar água ou abrir a embalagem.” Elaine frisa que a preparação correta do alimento é um dos pontos mais importantes, e a educação do consumidor proporciona uma melhor qualidade para o consumo da carne bovina in natura.
Pode congelar a carne resfriada? - o consumo da carne deve ser logo após a abertura da embalagem e não se recomenda o congelamento do produto que foi feito para ser resfriado. “O ideal é que o consumidor escolha os produtos no ponto de venda de acordo com o objetivo e data da preparação”, afirmou Carolina.
Há modos de preparo diferentes para cada uma? - não há mudança alguma na forma de preparo entre a carne congelada ou resfriada, o que importa é o descongelamento correto do corte. A questão do sabor é muito particular, dependendo de cada consumidor.
Existe preferência pelo tipo de corte? - não há diferença entre um corte ser congelado ou resfriado, todos podem ser armazenados de ambas as formas. Mais uma vez, trata-se de questão de preferência e cultura entre os consumidores. “O cliente europeu, por exemplo, tem preferência pelo produto resfriado e acaba pagando mais caro para receber uma carne mais fresca (quando comparado com o preço da carne congelada para o mesmo mercado)”, disse Elaine.
O que é preciso prestar atenção na hora de comprar? - o primeiro item a ser avaliado é o prazo de validade (que muda se a carne for resfriada ou congelada), de acordo com a data que se pretende consumir. Também é importante verificar a temperatura da gôndola e as condições de armazenamento – lembrando que a legislação brasileira declara que a carne resfriada deve ser mantida até 7°C e congelada menor que -12°C. “Quanto mais próximo do fundo está o produto, melhor será a escolha, pois é por onde sai o ar frio e isso ajuda na conservação do corte”, afirmou Carolina. Outro ponto imprescindível é observar as características das embalagens e verificar os detalhes do produto, como a cor da carne.
Fonte: CarneTec