O ano de 2024 promete ser um período de recorde no consumo de proteína animal. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo de carnes bovina, suína e de aves per capita deve chegar em 104,9 kg/habitante/ano no Brasil, 2,3 kg a mais que o registrado em 2023. Diante de boas perspectivas para o setor, a SEE, indústria líder em embalagens e dona da marca Cryovac, mapeou as principais tendências para este segmento em 2024, divulgadas nesta semana:
1) Crescente busca por praticidade
Não é de hoje que o consumidor busca por soluções mais convenientes e práticas para o dia a dia. Entretanto, esse quesito tem ganho ainda mais importância na decisão de compra e está entre os principais motivos que levaram os consumidores a comprar carne em 2023, segundo estudo da Kantar.
E a busca por praticidade deverá seguir como um dos fatores que influenciam as escolhas de consumo em 2024, segundo o diretor de Marketing da SEE para América Latina, Mariano Iocco, em nota. "A dinâmica das famílias, principalmente nos grandes centros, demanda por soluções de alimentação de fácil preparo, sem comprometer o sabor e o fator nutritivo. Por essa razão, a oferta de carnes no varejo tende a priorizar produtos porcionados diretamente na indústria, em embalagens de fácil abertura e que melhorem a conservação dos alimentos”, disse o especialista.
2) Público jovem vai ao varejo físico comprar carne
De acordo com o mesmo estudo produzido pela Kantar, em 2023, a população jovem fez mais visitas aos pontos físicos para comprar proteína. Esse aumento foi 8,8%, ou 3,5 idas a mais ao varejo físico, em comparação ao ano anterior.
Fatores como sustentabilidade, acessibilidade, diversidade e inclusão compõem os critérios de compra desse público, apontou estudo da empresa Criteo. O executivo da SEE destacou que o público da geração Z (até 29 anos) valoriza a experiência de compra, considerando também a identificação com os valores da marca. Por esse motivo, estar no ponto de venda físico faz toda a diferença, ainda mais quando se trata de produtos perecíveis. “Mesmo sendo uma geração mais conectada e multicanal quando o assunto é compras, o público jovem tem preferido conferir de perto suas escolhas alimentares. Sendo assim, a comunicação no ponto de venda, a começar pela embalagem, se mostra indispensável e deve ser vista como uma forte tendência para 2024”, disse Iocco.
3) Crescimento do canal online e necessidade de fidelização dos consumidores de perecíveis
Se por um lado o consumo no ponto físico ganha relevância para o público jovem, por outro os canais online dos supermercados seguem avançando e desafiando a dinâmica de logística para conquistar e fidelizar consumidores.
Grandes redes como GPA e Carrefour apontaram crescimento nas vendas online de 15% e 50%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2023. Nesse sentido, o varejo tem fortes expectativas para 2024, já que cerca de 80% dos consumidores já tiveram uma experiência de compra no digital, segundo pesquisa da SoluCX. O grande desafio está na logística, principalmente dos produtos perecíveis, em que se enquadram as proteínas. “Este desafio traz uma grande oportunidade. Quando a operação está bem estruturada, com equipes no ponto de venda para escolher os produtos, boas embalagens primárias e secundárias e uma boa gestão logística, a experiência positiva para quem compra este tipo de produto se torna um forte critério de fidelização do cliente, já que se soma à praticidade de se comprar sem sair de casa”, explicou Iocco.
4) Diversificação de embalagens conectada com estratégias ESG
O avanço das estratégias de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) dentro do varejo e da indústria tem se refletido na transformação dos produtos e também de suas embalagens, que já apresentam alternativas mais sustentáveis, algumas desenvolvidas com materiais prontos para reciclagem ou então com conteúdo reciclado.
Ao mesmo tempo, a demanda por sustentabilidade também vem dos próprios consumidores. O relatório Buying Green de 2023 revelou que 82% dos entrevistados estariam dispostos a pagar mais por embalagens sustentáveis, um aumento de quatro pontos em relação a 2022, e oito pontos em relação a 2021. Em um recorte etário, os consumidores mais jovens (18 a 24 anos) estão ainda mais dispostos, liderando com 90%.
“Esse cenário reflete uma tendência fortíssima para os próximos anos. A sustentabilidade vai além do processo produtivo da proteína e alcança a jornada até o consumidor por meio da embalagem em que ela é apresentada. É uma oportunidade para os processadores buscarem inovações, como por exemplo, soluções que reduzam o uso de material nas embalagens sem comprometer a conservação do produto”, finalizou o especialista da SEE.
(Divulgação)
Por Editores de CarneTec Brasil