Trabalho conjunto que reúne anualmente OCDE e FAO estima que em 2029 a produção mundial de carnes avícolas ficará próxima dos 146 milhões de toneladas, volume que representará aumento de pouco mais de 10% sobre o que vem sendo previsto para 2020 (132 milhões de toneladas).
Entre os três principais produtores mundiais – EUA, China e Brasil – a maior expansão está prevista para a produção brasileira: 7% de aumento. Notar, porém, que nessas projeções o volume previsto para a China é praticamente similar ao dos EUA, enquanto o apontado para o Brasil corresponde a menos de um quarto (24%) do total produzido pelos três líderes (62,5 milhões de toneladas, 43% da produção mundial).
Os gráficos abaixo deveriam conter apenas os cinco maiores produtores mundiais. Foram relacionados seis ao constatar-se que, na quinta posição, estão praticamente empatadas a Rússia e a Índia. Além disso, a Índia surge com uma projeção de crescimento excepcional, bem acima da expansão mundial: 36,27% - o que pode significar que acabe superando a Rússia.
O curioso, entretanto, é que, entre esses seis países, a Índia é o único a registrar queda (igualmente significativa, como o próprio aumento da produção) nas exportações do produto: 37,5% a menos. Isto, naturalmente, faz supor que a Índia se tornará grande importadora de carnes avícolas. Mas, pelas projeções da OCDE-FAO, elas continuarão mínimas, próximas de zero.
A propósito da exportação, a tendência de maior avanço é prevista para o Brasil: aumento de pouco mais de 14%. Neste caso, o estudo parte do princípio de que em 2020 as exportações brasileiras girem em torno dos 4,235 milhões de toneladas.
Feitas as contas em cima dessas projeções observa-se que o volume adicional previsto para o Brasil em 2029 (pouco mais de 600 mil toneladas) é quase 40% superior ao adicional estimado para EUA e União Europeia juntos. Ou seja: entre os três maiores exportadores, a fatia brasileira será de (números arredondados) 43%, a norte-americana de 34% e a europeia de 23%.
Fonte: AviSite