O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou neste mês uma norma que estabelece parâmetros para o bem-estar de suínos.
A Instrução Normativa nº 113 foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 18 de dezembro, visando melhorar o bem-estar dos animais, gerar melhores respostas imunológicas e uso racional de medicamentos.
Os parâmetros devem ser seguidos pela cadeia produtiva e agentes fiscalizadores e visam orientar os produtores quanto às melhores alternativas para promover uma suinocultura mais sustentável e competitiva, com melhora gradual e contínua da atividade.
A norma estabelece que o comportamento e a saúde dos animais devem ser monitorados pelo menos duas vezes ao ano, seguindo os indicadores e orientações estabelecidos nas recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
As granjas devem estabelecer limites apropriados para cada indicador, baseados em literatura científica, realizando medidas corretivas caso haja desvio dos limites estabelecidos.
A normativa também propõe formas de alojamento mais sustentáveis que reduzam o estresse relacionado à superlotação, além de estabelecer um manejo sanitariamente mais seguro.
O alojamento coletivo de suínos deve ter espaço para que todos os animais possam descansar simultaneamente e para que cada animal consiga deitar, levantar e se mover livremente. A instalação também deve oferecer espaço suficiente para acesso à alimentação e água e para minimizar brigas.
Granjas terão prazo de 25 anos para reestruturações visando cumprir com as normas.
“O bem-estar é parte essencial para sustentabilidade da atividade produtiva e influencia diretamente a saúde dos animais”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes, em nota divulgada pelo Mapa.
“Também contribui para combater a ameaça da resistência aos antimicrobianos, uma vez que a implantação das boas práticas de criação produz animais mais robustos e imunologicamente fortes.”
O Mapa disse que a elaboração da norma contou com a colaboração de entidade na área de pesquisa, associações representativas do setor produtivo de suínos, técnicos, agroindústrias, organizações não governamentais de proteção animal, entre outros especialistas.
Fonte: CarneTec