A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) afirmaram na terça-feira (21) que as carnes suína e bovina embarcadas para a Rússia não utilizam a substância ractopamina, após a Rússia anunciar a suspensão temporária das importações.
“O setor está seguro sobre as características de seu produto, e garante que a produção de carne suína embarcada não utiliza ractopamina”, informou a ABPA em nota.
“A comercialização da ractopamina e outros betabloqueadores para bovinos está suspensa desde o final de 2012 pelo governo brasileiro. Portanto, esta substância tem o seu uso proibido para bovinos, não existindo a necessidade de segregação da produção para atendimento ao mercado russo”, informou a Abiec em nota separada.
Todas as importações de carne suína e bovina brasileiras foram suspensas temporariamente pela Rússia, segundo decisão anunciada nesta semana e válida a partir de 1º de dezembro. O órgão de segurança sanitária russo Rosselkhoznadzo atribui a suspensão à presença da substância ractopamina em alguns carregamentos vindos do Brasil.
A ABPA disse que recebe a notícia com “preocupação” e que a suinocultura brasileira trabalha seguindo os princípios de qualidade e sanitários exigidos pelos diversos países, incluindo Rússia e mais 70 mercados importadores do produto.
A Abiec informou que desde 2013 não há histórico de qualquer tipo de notificação pelas autoridades russas referentes ao uso de ractopamina em bovinos e que, caso necessário, a indústria está pronta para atender a novos critérios. “A Rússia é um grande parceiro do Brasil no setor de carne bovina, um tradicional comprador com o qual estabelecemos excelente interlocução técnica”, disse a entidade.
Fonte: Carnetec