O Brasil exportou 750,3 mil toneladas de carne suína em 2019, um volume recorde para o setor e 16,2% maior que em 2018, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na segunda-feira (06). A receita com as exportações aumentou 31,9%, para US$ 1,6 bilhão.
As compras de países da Ásia, principalmente por China, deram o principal impulso para o crescimento dos embarques brasileiros no ano passado, em decorrência dos casos de peste suína africana que reduzem a produção da carne naquele continente. A China comprou 248,8 mil toneladas de carne suína brasileira no ano passado, alta de 61% em relação a 2018. O Vietnã também aumentou as importações do produto, em 82,6%, para 13,54 mil toneladas.
“A crise sanitária na Ásia reconfigurou o comércio internacional de proteína animal. A China, que foi a maior afetada, ampliou sua capacidade de importação de carne suína brasileira com a habilitação de novas plantas em novembro de 2019”, disse o diretor executivo da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
As vendas externas de carne suína brasileira também registraram aumento nas compras por países da América do Sul, como o Uruguai, que elevou as importações em 12,8%, para 40,48 mil toneladas em 2019. O Chile aumentou as compras em 28,9%, para 44,54 mil toneladas.
Apenas no último mês de 2019, as exportações brasileiras de carne suína aumentaram 35,1% ante dezembro de 2018, a 76 mil toneladas – o maior volume mensal já registrado pelo setor.
Essas vendas geraram receita de US$ 183,6 milhões, também um recorde mensal para a indústria. O presidente da ABPA, Francisco Turra, disse que a indústria brasileira irá agora concentrar esforços para fortalecer parcerias comerciais existentes e buscar novos mercados.
Fonte: Carnetec