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A BRF consolida cada vez mais a área de Inovação como um dos agentes de transformação e desenvolvimento sustentável do seu negócio. No ano passado, foram investidos R$ 196 milhões em Inovação e P&D, e a intenção é aumentar este valor em 2021, revelou a empresa nesta semana.
O maior aporte será destinado à evolução e ao desenvolvimento da linha plant based, que demonstra uma grande oportunidade de compor um portfólio de produtos de alto valor agregado ao mercado. "Isso demonstra o compromisso da companhia apresentado no plano Visão 2030, de liderar a maior transformação no consumo de novas proteínas desta geração, atuando de forma sustentável", disse a BRF em nota.
O processo de inovação na BRF começa com a interpretação das necessidades e hábitos dos consumidores, tecnologias e tendências de mercado, que são buscadas em diversas fontes (fornecedores, institutos, academia, startups, programas de colaboração interna, entre outros) para gerar ideias de novos produtos e soluções.
Após esse momento, as ideias são elencadas em ordem de prioridade, sempre alinhadas com a estratégia da companhia, seguindo para a etapa de desenvolvimento, onde um time multifuncional trabalha para gerar protótipos e buscar viabilidade do projeto.
Ao chegar ao produto ideal, é feito o lançamento para o consumidor, sempre levando em conta a melhor maneira de atingi-lo: canais, regiões e ferramentas de comunicação. Por fim, monitora-se a resposta dos clientes.
“É um processo complexo, mas que acontece de maneira bastante colaborativa e eficiente, com o suporte das nossas ferramentas que vão além do processo formal: como o BRF Hub, a nossa frente de desenvolvimento de novas tecnologias e a área que criamos mais recentemente – a garagem BRF, responsável por internalizar e testar novos modelos de negócio”, disse o diretor de Inovação da companhia, Sérgio Pinto, na nota.
Nos últimos dois anos, somente no Brasil, a dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy lançou mais de 300 SKUs, contemplando itens para o varejo e o food service. Para este ano, a perspectiva é contemplar um volume de projetos muito parecido com o período anterior e a meta é que Inovação represente 10% da receita da companhia até 2023.
Pioneirismo em Inovação
Dois exemplos de pioneirismo da BRF são a parceria inédita com a startup israelense Aleph Farms para a produção de carne cultivada, e o uso de ingredientes brasileiros para a produção do VegFrango, lançamento da linha Veg&Tal que utiliza o feijão como proteína, "um grande orgulho por tratar-se de um produto 100% nacional", segundo a empresa. "Inovações como essas contribuem para uma cadeia produtiva cada vez mais sustentável."
A novidade da carne cultivada surgiu com o desenvolvimento da biotecnologia na produção de alimentos, trazendo benefícios para a cadeia produtiva e vantagens para o meio ambiente, além de ampliar a variedade de portfólio para atender a todos os perfis de consumidores.
De acordo com a nota da BRF, esse mercado deve movimentar US$ 140 bilhões na próxima década, segundo projeções da Blue Horizon, que investe em proteínas alternativas.
Além do codesenvolvimento e produção, a BRF também distribuirá produtos de carne cultivada no Brasil. Pesquisas com consumidores brasileiros estão em andamento e a ideia é oferecer produtos desse tipo ao mercado brasileiro até 2024.
Já o lançamento do frango desfiado, em tiras e em cubos complementa o portfólio da linha Veg&Tal como mais uma opção 100% vegetal para os adeptos das dietas vegetariana e flexitariana.
Além da adição de feijão carioca, outro diferencial é a utilização de uma técnica inovadora que consiste na adição de calor e pressão sobre a combinação de proteínas vegetais de feijão, ervilha e soja, conhecida como extrusão úmida.
Essa tecnologia produz fibras proteicas longas conferindo a percepção e aparência da proteína animal. Além da semelhança, os itens também têm a mesma quantidade de proteína de um peito de frango.