A carne bovina halal brasileira está conquistando cada vez mais o paladar dos muçulmanos, informou a certificadora CDIAL Halal na semana passada. Só o Egito importou 54,88 mil toneladas no primeiro quadrimestre deste ano, com aumento de 279,1% quando comparado ao mesmo período de 2021.
A CDIAL Halal aponta que os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia, em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
A qualidade da proteína bovina brasileira também pôde ser degustada em maior quantidade nos Emirados Árabes Unidos. O país aumentou em 17,6% suas importações, a 17,46 mil toneladas no primeiro quadrimestre deste ano. E na terceira colocação, a Arábia Saudita ficou com 12,64 mil toneladas do produto nacional.
O valor arrecadado com as exportações nos primeiros quatro meses do ano foi de US$ 580,24 milhões, aumento de 56,48% quando comparado a igual período de 2021. Em toneladas, foram 139,99 mil toneladas em 2022 contra 93,63 mil t em 2021.
Ao todo, foram analisadas as importações de quase 40 países de maioria muçulmana. Países como Omã, Kwait, Gâmbia, Marrocos e Mauritânia são os que mais se destacaram na importação da carne bovina brasileira.
Halal significa lícito, permitido, em árabe. E a maioria dos consumidores de produtos halal são os muçulmanos, mas para atender a este mercado que cresce a cada ano, é preciso ter a certificação halal e respeitar as regras islâmicas quanto à criação do animal, ao abate e ao transporte.
Graças à seriedade do trabalho, rastreabilidade e qualidade, hoje o Brasil é considerado o principal exportador de proteína animal halal do mundo, segundo a certificadora.
Em torno de 90% dos frigoríficos brasileiros estão habilitados para produzir proteína animal halal. “É um mercado gigante e uma grande oportunidade, inclusive, para os frigoríficos de pequeno e médio porte em todo o Brasil. Hoje, somos em torno de 2 bilhões de muçulmanos ávidos por consumir produtos halal. Mas, nos próximos anos, a expectativa é que representemos um terço da população mundial. E o Brasil não pode perder essa oportunidade. Temos produtos de qualidade, rastreáveis e o mais importante, nossa proteína é muito apreciada pela comunidade”, ressaltou o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.
A CDIAL Halal é a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC).
Fontes: Ministério da Economia, Secex e Abiec / Divulgação: CDIAL Halal