De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína nos primeiros sete dias úteis de outubro tiveram aumento tanto em relação às médias de receita e volume obtidos no mesmo mês de 2019, quanto comparando com setembro.
Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, aponta que estes aumentos são reflexo do retorno da China às compras, já que o gigante asiático passou oito dias comemorando o feriado do Meio Outono, e a preparação de estoques do país para o Ano Novo.
O faturamento por média diária nos primeiros sete dias úteis de outubro foi de US$ 10..160,228, 51,12% a mais do que o registrado em outubro de 2019. Na comparação com o resultado de setembro, a arrecadação por média diária foi 21% superior.
No caso das toneladas por média diária embarcada, no começo deste mês foram registradas 4.367,256, alta de 53,53% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Em relação à setembro, o número é 20,59% maior.
Segundo os dados da Secex, o preço pago por tonelada até a segunda semana de outubro deste ano ficou em US$ 2.326,455, recuo de 1,57% frente a outubro de 2019. Em comparação a setembro, houve leve aumento de 0,5%.
A receita obtida exportações de carne suína nos primeiros sete dias úteis de outubro, US$ 71.121,602 representam 48% do total faturado no ano passado. Em matéria de volume embarcado, as 30.570,793 toneladas são 48,8% de tudo o que foi embarcado em outubro de 2019.
Apesar destes resultados positivos, Iglesias aponta que ainda não há reflexo de redirecionamento das compras de carne suína pela China que eram adquiridas na Alemanha. O país europeu está com as vendas para países como China e Coreia do Sul suspensas desde 10 de setembro por causa de casos de Peste suína Africana identificados em javalis selvagens.
"Para o Brasil ampliar as exportações de forma agressiva, tem que aumentar as habilitações de frigoríficos, e a China tem que ser mais conivente com a ractopamina. Quem deve estar absorvendo essa demanda é a Holanda, Espanha e os Estados Unidos, já que as agroindústrias brasileiras já trabalham em capacidade máxima".
Fonte: Notícias Agrícolas