Relação entre Brasil e países Árabes segue em alta, como exemplo dessa afirmativa, dados emitidos por entidades setoriais das indústrias de carnes bovina e frango confirmam importância da certificação Halal. Iniciativa tem como objetivo acessar um mercado consumidor com mais de 1,8 bilhão de muçulmanos.
Como explica o CEO da SIILHalal, Chaiboun Darwiche, informações foram disponibilizadas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e, demonstram que ao longo dos anos a indústria de carne nacional construiu um bom relacionamento comercial.
“Emirados Árabes Unidos, Egito e o Reino da Arábia Saudita, por exemplo, há anos permanecem no ranking de principais destinos. Por isso a importância da certificação Halal, pois é ela que atesta se um determinado produto está dentro das conformidades exigidas pela jurisprudência islâmica, ou seja, se é permitido para o consumo dos consumidores muçulmanos”, revela o profissional.
Ainda de acordo com ele, mesmo com oscilações ao longo desse percurso, o mercado para produtos Halal é promissor devido ao crescimento da religião ao redor do mundo. “Vimos que de maio a junho deste ano as exportações de carne de frango para o Oriente Médio por exemplo foram de US$ 844 milhões, participação de 20%. Quando olhamos para o comércio da carne bovina para este bloco econômico o valor chegou a US$ 270 milhões representando 6,3%”, ressalta Darwiche.
UM PASSAPORTE
Para Darwiche, como forma de exemplifica a necessidade da certificação, ela nada mais é que o passaporte para acessar os consumidores muçulmanos ao redor mundo. “Quando falamos de proteínas de origem animal permitida para o nosso consumo, já temos a vantagem de sermos o maior País exportador de carnes bovina e frango Halal. As empresas devem compreender que a certificação é uma grande oportunidade para ampliarem o acesso de seus produtos para este público específico”, salienta.
Segundo ele, há uma grande procura de indústrias de carne bovina por informações sobre os requisitos para obter a certificação. “Somente nos primeiros seis meses deste ano tivemos um incremento de 15% na abertura de novos negócios, ou seja, pessoas que vislumbraram o potencial deste mercado”, finaliza.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feedfood