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Postado em 06 de Novembro de 2017 às 14h13

Os diversos mercados consumidores para a carne bovina brasileira

EXPOMEAT 2026 - VI Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal A grande preocupação da cadeia produtiva da carne bovina brasileira nos últimos tempos está diretamente ligada aos...

A grande preocupação da cadeia produtiva da carne bovina brasileira nos últimos tempos está diretamente ligada aos custos. Com margens cada vez mais apertadas, é normal que o setor se preocupe em reduzir os gastos. Isso é fato. Mas antes de pensarmos em custos, precisamos analisar o mercado que estamos buscando atingir.

Em muitos casos, precisamos investir mais para podermos lucrar mais, ou seja, aumentarmos os custos operacionais para comercializar nossa carne bovina com maior valor agregado. Outra situação que também é fato, quando o assunto é produção de carne bovina, é que nem sempre que reduzimos custos, estamos conseguindo melhorar as margens de lucro da empresa. E isso pode ser explicado com uma análise direta de mercado.

A carne bovina in natura brasileira, segundo estudos, pode dominar 50% do mercado externo até 2020. Mas para que isso aconteça, precisamos mudar o modelo atual de gestão que administra os recursos e os interesses disponíveis para a cadeia produtiva da carne bovina. Mas voltando para o assunto 'mercado', como todos sabem, 80% do que produzimos fica no Brasil e apenas 20% vai para o mercado externo. Mas por incrível que pareça, na minha opinião, temos o mercado interno como o mais desafiador para as empresas e para a carne bovina brasileira.

O consumo de carne bovina no Brasil mudou, e a cadeia produtiva desta carne precisa realmente entender esta mudança. O mercado da carne bovina hoje no Brasil está cada vez mais distinto e exigente. Na realidade, não consigo enxergar no consumidor do mercado externo uma exigência ou um paladar mais refinado do que o consumidor de carne bovina brasileiro. E é aí que o setor produtivo (pecuaristas e frigoríficos) precisa estar atento.

Mas quando traçamos uma linha imaginária na horizontal para visualizarmos a cadeia produtiva da carne bovina, podemos constatar que são os frigoríficos que podem fazer com que todo esse entendimento sobre o consumidor seja absorvido e repassado ao pecuarista, para que possamos ter, além da transformação bem-feita, animais com melhor acabamento quando encaminhados para o abate.

Como costumo dizer, existe um mercado para cada tipo de carne bovina. Não podemos afirmar que esse ou aquele corte é o preferencial do consumidor brasileiro, porque existem predomínios e preferências diferentes em cada estado brasileiro. Por isso, os frigoríficos precisam buscar definir seu cliente-alvo, entender suas exigências, transformar esta informação de forma objetiva e simples e buscar dentro destas características a melhor matéria-prima para o seu negócio.

O produto que está conseguindo um lugar com maior destaque junto ao consumidor nacional são os produtos denominados 'especiais'. Mesmo com um consumo ainda pequeno quando comparado com as demais produções (grill, churrasco, corte sem gordura, etc.), os produtos especiais estão conseguindo ter um maior valor agregado na hora da comercialização.

Independentemente do produto que será denominado como principal pela empresa, o que precisamos ter em mente é que os dois setores responsáveis pela produção de carne bovina, pecuaristas e frigoríficos, precisam não só entender como também dominar todas as etapas do processo produtivo que compõem suas operações. Trabalhando dessa forma, com mais integração, vamos conseguir diminuir os riscos sobre os investimentos errados, podendo produzir uma carne bovina com mais rendimento, qualidade e lucratividade.

EXPOMEAT 2026 - VI Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal Celso Ricardo Cougo Ferreira é consultor em gestão empresarial e habilitação de empresas para o mercado de...


Celso Ricardo Cougo Ferreira
é consultor em gestão empresarial e habilitação de empresas para o mercado de exportação. Gaúcho de Bagé, possui sólida carreira de quase 20 anos no setor industrial de bovinos, em empresas de todos os portes, tendo ocupado posições estratégicas no chão de fábrica, de supervisor de qualidade a diretor industrial. [email protected] (51) 98061 5462 / (51) 98413 1374

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