As vendas de carne suína brasileira para a China podem crescer 20% em 2018, diante do aumento da oferta e competitividade do produto brasileiro, estimam analistas do Rabobank em relatório divulgado na terça-feira (30).
As importações totais de carne suína pela China tendem a aumentar cerca de 6% em 2018, após queda significativa em 2017, quando o país asiático tinha elevados estoques de carnes congeladas e os preços internacionais da carne suína estavam altos, segundo o Rabobank.
“Acredita-se que os estoques de carne de porco da China tenham diminuído ao longo do ano passado; os preços nos países exportadores devem cair ainda mais em 2018, já que a oferta está expandindo”, escreveram analistas do Rabobank.
A implementação da nova política ambiental chinesa, que já resultou no desmantelamento de fazendas de produção de suínos nas regiões leste e sul do país, também tende a resultar em fortes exportações de carne suína diretamente para estas áreas, segundo os analistas.
O Brasil exportou quase 50 mil toneladas de carne suína para a China em 2017, queda de 40% em volume, na comparação com o ano anterior, segundo dados compilados pelo Rabobank.
A estimativa de crescimento da demanda chinesa em 2018 pelo Rabobank, caso se confirme, seria um alento para a agroindústria de carne suína brasileira, que atualmente está impedida de exportar para a Rússia, mercado que foi responsável por cerca de 40% de todo o volume do produto exportado pelo Brasil no ano passado.
Fonte: Carnetec