A produção global de carne suína, segundo o relatório de análise de mercado global do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve aumentar em 4% em 2021. A recuperação da produção nos países afetados pela peste suína africana (PSA) e, em menor grau, pela recuperação dos impactos do Covid-19 devem influenciar neste avanço.
No Brasil, a produção está estimada em quase 4% devido à recuperação da carne suína doméstica consumo e demanda de exportação relativamente resiliente, auxiliada por um real fraco.
No caso da China, principal país afetado pela PSA, o crescimento na produção de carne suína é previsto em 9%, à medida que os suinocultores reconstroem rapidamente seus planteis e aproveitam preços elevados do suíno. No entanto, com 41,5 milhões de toneladas, a produção ainda é quase 25% inferior aos níveis anteriores à doença, em meados de 2018.
Segundo o USDA, a recuperação da PSA também está impulsionando o crescimento da produção no Vietnã e nas Filipinas, embora surtos continuem a ocorrer neste último país, o que pode desafiar os esforços de reconstrução.
Na União Europeia (UE), a produção aumentou marginalmente com níveis estáveis de rebanho e crescimento da produtividade. A descoberta da PSA em javalis da Alemanha não deve impactar a produção diretamente, segundo o Departamento, mas as restrições à exportação resultarão em maior oferta de carne suína alemã em um mercado já saturado da UE. Isso, aliado à fraca demanda doméstica e desaceleração da demanda da China, deve reduzir os preços no próximo ano.
EXPORTAÇÕES
As exportações globais devem ficar estáveis em 10,8 milhões de toneladas em 2021. Espera-se uma demanda global de carne suína para se recuperar de Covid-19 na melhoria das condições econômicas e recuperação do setor de food service. No entanto, a desaceleração da demanda do maior importador - a China - compensa o crescimento do restante do mundo.
Após um ritmo aquecido em 2020, as importações de carne suína da China devem cair 6% devido a recuperação da produção nacional. Outros grandes importadores de carne suína, incluindo México, Filipinas, Japão, Coreia e Estados Unidos têm projeções mais altas, mas esses países combinados respondem por menos comércio do que a China sozinha.
Fonte: Notícias Agrícolas